quarta-feira, 23 de junho de 2010

Relatório Técnico

BIBLIOTECA JOÃO HERCULINO


Apresentação

Há uma edificação localizada na região central do Centro Universitário de Brasília (707-907 Norte) que abriga a Biblioteca João Herculino. Construída em 2003 pelo arquiteto Luiz Márcio, professor da instituição. Essa é muito utilizada para estudo, consulta e pesquisa dos alunos do centro universitário, principalmente pelos graduandos do curso de direito.


Descrição

A construção é feita de alvenaria e a fachada principal é composta por vidro espelhado e estrutura metálica. O chão é revestido por cerâmica. Essa fachada, por estar voltada à oeste, recebe muita carga térmica do meio dia ao pôr do sol. A grande incidência solar durante esse horário cria um desconforto aos olhos devido ao reflexo do revestimento. As fachadas secundárias são compostas por pastilhas cor vinho e há algumas aberturas vedadas por vidro.
Existe uma rampa e duas escadas laterais que dão acesso à entrada frontal do edifício. Há, no entanto, uma entrada no lado posterior da biblioteca, menos utilizada pelos alunos.
O edifício é composto por três divisões: estacionamento, salas de aula e biblioteca. Essa possui três pavimentos que totalizada 6300 m², separados por funções diferentes. O primeiro andar abriga a parte administrativa, a cafeteria e os computadores, o segundo andar é composto pela ala do acervo e estudo em grupo. O terceiro é formado pela segunda ala do acervo e pelo local de estudo individual.



Descrição Detalhada

A alvenaria estrutural é o processo construtivo empregado na biblioteca. A sua estrutura é armada e, portanto, não necessita de reforços metálicos. A fachada principal é composta por vidros reflexivos e estrutura metálica. Os vidros também chamados de vidros metalizados são os que recebem tratamento de óxidos metálicos com a finalidade de refletir os raios solares, reduzindo a entrada de calor. O chão é revestido por cerâmica de cor branca, essa é obtida através de argila quase isenta de óxido de ferro e, geralmente, apresenta uma cobertura que é um esmalte cerâmico constituído de um vidro, um pigmento e um opacificante. Essa fachada, por estar voltada à oeste, recebe muita carga térmica do meio dia ao pôr do sol. A grande incidência solar durante esse horário cria um desconforto aos olhos devido ao reflexo do revestimento. As fachadas secundárias são compostas por pastilhas cor vinho e há algumas aberturas vedadas por vidro.
Existe uma rampa e duas escadas laterais que dão acesso à entrada frontal do edifício. Há, no entanto, uma entrada no lado posterior da biblioteca, menos utilizada pelos alunos. O edifício é adaptado para usuários portadores de necessidades especiais.
Essa instalação possui três pavimentos que totalizada 6300 m², separados por funções diferentes. A organização interna segue organogramas, fluxogramas e gráficos de acordo com as necessidades dos usuários. O primeiro andar abriga a parte administrativa, a cafeteria e os computadores, o segundo andar é composto pela ala do acervo e estudo em grupo. O terceiro é formado pela segunda ala do acervo e pelo local de estudo individual


Argumentação

Os materiais de construção utilizados não levam em consideração o clima da região, as especificações de iluminação, ventilação e materiais são empregadas inadequadamente. Para a realização do projeto, deveriam ser analisados parâmetros independentes relativos a umidade do ar, temperatura, ventos e incidência solar. A escolha deficiente dos materiais leva a um desconforto térmico e visual, além do gasto excessivo de energia para refrigeração.
A iluminação também é, em grande parte, artificial consolidando um descuido no aproveitamento da energia natural. A única abertura principal do volume é revestida por vidro reflexivo. A tentativa de diminuir a absorção de calor pelo revestimento é incompleto pois o bloco à sua frente recebe toda a luz refletiva por essa fachada.


Proposta

O projeto da biblioteca da UnB demonstra uma preocupação com o conforto do usuário. A estrutura principal prioriza o efeito de ventilação pela cobertura, isso propicia que o uso da ventilação artificial seja desnecessária. Esse efeito se dá por meio da diferença de temperatura do ar da área externa e interna.
A utilização de brises na fachada principal gera um retardo da absorção do calor causado pela incidência solar, devido ao alto coeficiente de inércia térmica do concreto.




Por: Camilla Maia e Renatta Luna

terça-feira, 11 de maio de 2010

Brasília: do projeto à realidade



A discussão a respeito do tema “Brasília” não é recente, especialmente quando se trata de arquitetura. A cidade, que ficou famosa pela sua repentina criação, foi o painel escolhido pelos arquitetos brutalistas para explorarem essa estética moderna.
Apesar de passados 50 anos, ainda há muito sobre o que se discutir em Brasília. A reflexão atual, no entanto, está mais voltada à resolução de problemas que surgiram durante o desenvolvimento da cidade. Eles, muitas vezes, não estavam previstos no projeto inicial e agora são definidores da dinâmica da cidade. O blog
http://www.arqbrasilia.blogspot.com/ se propõe a discutir essas e outras questões sobre a capital. Os colaboradores, estudantes de arquitetura, estão a par de muitas questões por vivenciarem diariamente a realidade do que um dia foi o projeto de Lúcio Costa.

Camilla C. Maia

terça-feira, 4 de maio de 2010

Um exemplo de casa, o futuro!


Veja você com os seus próprios olhos as casas do futuro.
http://www.kyuche.com/lifepod10.html

Usamos o termo nômade para designar “¹grupos humanos, tribos ou povos que não têm habitação fixa”e parasita para nos referir á “²um animal ou vegetal que vive á custa de outro”. Neste caso as casas no qual iremos tratar se deslocam, literalmente, como nômades. O termo parasita é usado por que esse estilo de casa pode viver encima de outra como se fosse realmente um parasita, pois essas residências/escritórios/lojas (pois podem ser usadas para diversas funções) não precisam necessariamente ser compradas por “novos visinhos” e sim, por parentes mesmo. Não só postas no papel, as casas nômades são executadas. Práticas, flexíveis, viáveis, inteligentes, essa nova maneira de viver está sendo proposta por vários arquitetos, entre eles esta Kyu Che. Arquiteto / design, mora em San Francisco, onde tem recebido reconhecimento internacional por seus projetos, que variam de interiores de alta qualidade para projetos de arte experimental, desenvolveu o chamado LIFEPOD.
As HOUSE LIFEPOD são casas portáteis, orgânicas, construídas com a mais alta tecnologia empregada em aviões e automóveis, que podem ser levadas para onde você quiser.

Imitando os mamíferos terrestres, o sistema estrutural é um quadrúpede fuselagem (o corpo principal e mais resistente do avião).
Isto permite-fundação- "apoios" que podem ajustar-se aos contornos da paisagem natural. A casa se ajusta à terra. A terra não precisa ser desfigurada para a casa.
Exemplos de locais onde a LIFEPOD pode se instalar.

¹ Bueno Silveira,Dicionário Escolar.
² Bueno Silveira, Dicionário Escolar.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Entrevista descontraída!


Domithila Marcello: Oi, boa tarde, estamos aqui com um professor de arquitetura da faculdade CEUB, que vai nos proporcionar uma entrevista para o nosso blog:
arquitetandocom.blogspot.com. Nome completo?
Professor “show de bola”: Paulo Fonseca
Domi: nome profissional?
Professor “Shor de bola”:Paulo Fonseca
Domi:há quanto tempo exerce a profissão de arquiteto?
:36 anos.
Domi: Onde estudou arquitetura?Se formou no mesmo lugar?
: UnB, e formado da UnB
Domi: há quanto tempo s formo?
: em 1974.
Domi: Porque escolheu a arquitetura?
: eu tinha que escolher, não havia outra profissão em que eu pudesse me encaixar.
Domi: Em qual campo da arquitetura você costuma atuar?
: Principalmente projeto e ensino da arquitetura.
Domi: E qual a importância da arquitetura para você? Como você a vê?
: a arquitetura é um reflexo do momento em que a gente vive a história da humanidade e muitas vezes contada pela arquitetura que era praticada pelas pessoas nos tempos, nos seus devidos tempos. È uma atividade inerente, faz parte do nosso dia-a-dia, da vida das pessoas.
Domi: você acha então que ela interfere na vida das pessoas?
: interfere e é reflexo, do modo de vida de uma determinada sociedade de uma determinada época.
Domi: pode ser usada para o melhoramento do meio de vida das pessoas?
: o principal objetivo, a principal função, a principal razão da arquitetura em si, é o melhoramento da qualidade de vida, se isso atinge um determinado grupo, ou um grupo mais extenso, não sei, mas razão da arquitetura é basicamente curar a melhoria da qualidade de vida.
Domi: E o que você espera dos futuros arquitetos?
: que sejam arquitetos, em toda sua plenitude, que contribuam e um melhoramento social na melhoria das relações humanas, principalmente numa melhoria na qualidade de vida.
Domi:Se você tivesse a oportunidade de criar uma ONG, qual seria o tema?
: Ética e moral, principalmente ética. Porque um dos grandes problemas que nós enfrentamos na sociedade atual é a falta de ética, a ética é uma coisa que todo mundo fala e ninguém pratica.
Domi: No seu trabalho, você se preocupa em quais aspectos para agradar os seus clientes?
: Eu me preocupo principalmente com o meu cliente. Eu opto, como todos os arquitetos, tentando mostrar de alguma forma permitir o espelho do projeto em relação ao mesmo projeto. Mas eu acho que nos temos que ter um respeito muito grande pelo cliente, o que ele é ali dentro, pelo o que ele quer e o que ele é. Ele vai ocupar uma determinada obra. A gente tem que entender o que o cliente quer, captar, aceitar, digamos assim, para o tipo de solicitação para o que esta sendo solicitado.
Domi: Seu slogan/ frase favorita?
: Arquiteto não morre, só mudam os conceitos!
Domi: Site uma frase de inspiração para os novos e futuros arquitetos.
: Se não existisse problema, o tempo perdia a graça. Fica aí subentendido.
Domi: Muito obrigado pela sua companhia e bom trabalho!
: Obrigado, pra você também.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dicas


Nosso blog não é o único que aborda questões urbanísticas. E para acrescentar aos interessados, indico três sites que retratam muito bem esse importante tema.
O primeiro, Cronologia Urbana, é um site administrado por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia. Possui uma linha do tempo destacando fatos históricos da evolução do urbanismo mundial.
O segundo é um blog, Esquina Urbana, ele busca debater sobre os diversos problemas que encontramos nas cidades.
E o terceiro é o Urbanidades. A abordagem dele consiste nas questões de planejamento urbano.
Espero que gostem das referencias e todos eles podem ser encontrados em nossa pasta de links.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Cidades em movimento

Pensar em cidade contemporânea é pensar em cidade em movimento. Porque a essência mesma da cidade é possibilitar o encontro. Durante três mil anos nos movimentávamos na cidade apenas a pé ou a cavalo, e o espaço urbano era o espaço destinado a todas as atividades. Mas o final do século XIX viu o surgimento do transporte mecanizado na cidade. E o século XX acreditou que criar a mobilidade urbana era criar redes monofuncionais independentes dos lugares pelos quais transitavam. Realizaram-se, então, estradas que cortaram os perímetros urbanos, vias férreas e metrô, fazendo explodir as cidades e seus espaços de encontro e de intercâmbio. Feitos para aproximar os espaços, esses meios de transporte os cortaram em pedaços. Feitos para ligar os homens, eles frequentemente os isolaram ainda mais uns dos outros.
Hoje, se trata de recompor a cidade em volta das redes que lhe dão vida, que lhe dão sentido. Nosso dever fundamental, nossa responsabilidade perante a história é inventar a cidade de todos os encontros. Lugares em que o encontro do outro, daquilo que o outro produziu, transforma os seres e molda a sociedade.


Jean-Marie Duthilleul, arquiteto e presidente AREP.
Apostila do simpósio internacional França no Brasil 2009




Surge o urbanismo


O Urbanismo
Utopias e realidades - uma antologia


Françoise Choay


No livro O Urbanismo, utopias e realidades- uma antologia, o autor, Françoise Choay, afirma que a revolução industrial proporcionou um crescimento demográfico significativo, fator relevante para a industrialização dos países. Esse processo foi iniciado na Grã-Bretanha, seguido da França e Alemanha. A nova ordem das cidades era caracterizada pela racionalização das vias de comunicação e de tráfego, criação de novos órgãos e suburbanização. A análise da cidade, no século XIX, assume dois aspectos: um descritivo, que observa fatos isoladamente e os separa de modo quantitativo, com o objetivo de entender o fenômeno da urbanização por uma perspectiva de causas e efeitos. O outro, analítico, com a reflexão política pelo qual Engels fundou a sociologia urbana, ou seja, o estudo da organização e do funcionamento estrutural das cidades, vital para a compreensão e o desenvolvimento social daqueles que ali habitam.